ELAS, ELES, ELOS
- elos lingua
- 9 de jun.
- 1 min de leitura

Por Paulo Palado
Amanhece na Mantiqueira
Herdeira da noite que Salmazou
E São Francisco não é mais
Só o que era
E é um cais
Não há cidadãos
Só o que gera
a tantas mãos
O Elo que se refaz
Há gente que vem e que está
E somos todos patrícios
E Patricias, e Mauricios
E caipiras, e Bartiras
E do mato e das espigas de Emilios
Do encanto de Sertânia
Com ar de Gils, Caetano e Betânia
Dessa terra Elos somos todos elinos
Das palavras que nos lavram
Do azul que é de CeuMar
Dos amores Marcelinos
Dos passarinhos Jorginhos
Avoar
Que nos dão notícias boas
Vindas antes à míngua
E agora a língua
É português e é LIBRAS
É poesia e tambor
De divinos e oratórios
É Alfaia e calango
Olivias e Tenórios
Que Quiçá furem a bolha
E Kfouri Xico já, Sá
De amores e afetos
Dos tetos de cada pousada
Da chuva em cada telha
Pingando na Pedra Vermelha
Do sabor de cada comida
De cada acolhida
Agora pra frente é vida
Que leva o que foi por aqui
Não somos mais os mesmos
Da volta o que éramos na ida
Com paciência de Jô
No frio da chuva, o respingo
No quente de cada caldo
No grito poeta de bingo
Qual é o número Reginaldo?
Tocados pela língua do belo
Nas palavras que nos lavraram
Voltando às nossas vidas
Às nossas lidas
Cada uma em seu recanto
Continua sendo um elo
Cê vai, ocê fique, você sempre volte!

































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