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Palavras originárias. Elos da Língua 2025 confirma a participação das autoras indígenas AURITHA TABAJARA e TRUDRUÁ DORRICO.

  • Foto do escritor: elos lingua
    elos lingua
  • 17 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de abr.



Na foto: Auritha Tabajara
Na foto: Auritha Tabajara

Em sintonia com o Dia dos Povos Indígenas (19 de abril), o Elos da Língua 2025 anuncia a participação de duas representantes da literatura indígena contemporânea: Auritha Tabajara e Trudruá Dorrico, autoras presentes no livro “Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena”, Companhia das Letras. A presença das escritoras reafirma o compromisso do evento com a valorização das vozes originárias, que resgatam memórias, saberes ancestrais e reafirmam o papel da literatura como ferramenta de resistência.

O Elos da Língua acontece entre os dias 30 de maio e 08 de junho de 2025, em São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos/SP. Em sua 4ª edição, o evento traz o tema “Toda Palavra Lavra”.

Trudruá Dorrico é uma das organizadoras e autora de um dos contos do livro  “Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena”. A obra reúne contos e recontos de doze autoras indígenas, a partir de seus sonhos, vivências comunitárias, histórias e modos de vida passados de geração em geração e da observação da natureza

Dorrico é escritora indígena brasileira, do povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Rondônia. Tem atuado para difundir as culturas indígenas brasileiras, em especial escritoras e escritores dos diversos povos que habitam o Brasil. Escritora e pesquisadora da literatura indígena, Trudruá acredita que ler livros também ajuda a "sonhar melhor".

Ao lado dela, a escritora, cordelista e contadora de histórias Auritha Tabajara será uma das convidadas para participar do Elos da Língua. Auritha é a primeira mulher indígena a publicar cordéis no Brasil. Nascida em Ipueiras, no interior do Ceará, pelas mãos de sua avó parteira Francisca Gomes, recebeu o nome ancestral Auritha, que significa “pedra de luz” — assinatura que carrega em suas obras. Com seis livros publicados, folhetos, participações em antologias no Brasil e no exterior (com textos traduzidos para o inglês e alemão), Auritha já esteve presente em feiras literárias nacionais e internacionais. Seu livro Coração na Aldeia, Pés no Mundo (2018) é altamente recomendado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, integra o acervo da biblioteca de Washington, e foi selo FLIP 2023, inspirando o filme Mulher Sem Chão, baseado em sua história. Em 2024, recebeu o Prêmio Jabuti e atualmente ocupa a cadeira 0345 da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB). Acaba de lançar sua mais recente obra “Tuiupé e o maracá mágico” (Companhia das Letrinhas, 2024), que será o tema de sua atividade com as crianças do distrito durante o festival.

Na Semana Mundial do Meio Ambiente, nos dias 3 e 4 de junho, as autoras realizarão atividades em escolas públicas de São Francisco Xavier, promovendo encontros com estudantes semeando novos olhares para o cuidado com a Terra e o bem viver.Essas ações fazem parte dos eixos de inclusão e sustentabilidade do festival, acreditando que a educação para uma conscientização cidadã está integrada a qualquer ação realizada no distrito que é uma importante Área de Preservação Ambiental. 

Com curadoria assinada por Marcelino Freire, Patricia Ioco, Bartira Moura e Maurício Moncosso, o Elos da Língua 2025 apresenta uma programação intensa que inclui mesas de debate, oficinas, contação de histórias, apresentações teatrais e shows. A proposta é construir uma vivência literária em profunda conexão com a comunidade local, os saberes tradicionais e a natureza exuberante de São Francisco Xavier.

Além da celebração da palavra, o festival também reafirma seu compromisso ambiental, com práticas sustentáveis alinhadas ao Tratado Global da ONU e ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho).

O evento é uma iniciativa da Associação Amigos da Biblioteca, realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Governo do Estado de São Paulo, Governo Federal e Ministério da Cultura.

 
 
 

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